Inseminação Intrauterina

Tudo sobre a Inseminação Artificial

A Inseminação Intrauterina consiste em colocar espermatozoides móveis dentro do útero próximo ao momento da ovulação. Esta foi uma  das primeiras técnicas desenvolvidas  pela medicina reprodutiva para auxiliar casais com dificuldade para engravidar. Atualmente, as principais situações nas quais este tratamento pode ajudar são:

  • Alterações leves ou moderadas na quantidade ou movimentação dos espermatozoides
  • Infertilidade sem causa aparente, isto é, quando a investigação não consegue estabelecer uma causa para a infertilidade. Nestes casos, a inseminação intrauterina pode ser uma opção, especialmente para casais que estão tentando engravidar há menos de 2 anos e a mulher tem boa reserva ovariana e menos de 37 anos.
  • Gestação solo feminina ou casais homoafetivos femininos.

Há algumas condições importantes para que a inseminação intrauterina possa de fato ajudar:

  • É necessário que ainda existam óvulos nos ovários;
  • Ao menos uma das tubas uterinas deve ser normal, de preferência as duas.
  • Deve haver uma quantidade mínima de espermatozoides (pelo menos 5 milhões de espermatozoides móveis pós processamento seminal)

Como a técnica é realizada?

A inseminação artificial consiste, basicamente, na introdução no útero de uma amostra de espermatozoides previamente selecionados por meio de uma técnica chamada processamento seminal.

Estes espermatozoides podem ser tanto de um parceiro quanto de um doador (nos casos onde usar espermatozoides doados é necessário, como o tratamento para casais homoafetivos femininos, por exemplo). É um procedimento indolor e rápido, que pode ser realizado em consultório, e a paciente pode realizar as suas atividades normais após o processo, ainda que com moderação.

É importante salientar que todo tratamento deve ser precedido de uma avaliação médica especializada para verificar qual o tratamento indicado para cada caso, aumentando assim suas chances de sucesso.

Os espermatozoides são inseridos no útero próximo ao momento da ovulação, para que fertilizem o óvulo que será expelido. Mulheres que ovulam regularmente podem fazer a inseminação durante um ciclo menstrual natural (no qual a ovulação é acompanhada com ultrassonografia transvaginal seriada). Contudo, estudos mostram que a estimulação ovariana leve, com o objetivo de fazer a mulher ovular 2 a 3 óvulos, aumenta a chance da inseminação intrauterina dar certo. Portanto, geralmente, a paciente receberá a estimulação ovariana leve, ou seja, a mulher tomará alguns medicamentos hormonais para promover o crescimento dos folículos – que abrigam os óvulos.

O processo de estimulação ovariana com medicações é acompanhado com ultrassonografias transvaginais seriadas a cada 2 ou 3 dias com o intuito de avaliar o  momento da ovulação para, então, programar a data da inseminação. Depois de 15 dias da realização da inseminação, a paciente já pode fazer o teste de gravidez por exame de sangue.

Etapas do tratamento

Estima-se que, até os 34 anos da mulher, as chances de sucesso da inseminação intra uterina são de aproximadamente 20% por ciclo de tratamento. Após os 35 anos e até os 39, a chance diminui para cerca de 15% por ciclo. A partir dos 40 anos, a paciente tem menos de 5% de chance de engravidar a cada inseminação.

Quando a primeira tentativa não dá certo, é possível repetir o tratamento (em geral a partir do ciclo menstrual seguinte). Contudo, estudos mostram que não há benefício de insistir com a inseminação intrauterina depois de 3 a 6 tentativas. Nestes casos, o ideal é progredir a complexidade do tratamento para uma fertilização in vitro.

Se você está pensando em buscar ajuda para engravidar e acredita que a inseminação intrauterina seja uma opção, vamos conversar. Ter as informações certas é essencial para tomar a decisão mais adequada para o seu futuro reprodutivo.

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